terça-feira, 26 de abril de 2011

quarta-feira, 30 de março de 2011

Músicas do CD

1. Encruzilhada (3:39)

(Jefferson Gonçalves, Ranier Oliveira & Beto Lemos)

Harmônica baixo, cromática e diatônica – Jefferson Gonçalves.

Violão 6, 10 cordas, caixa e zabumba – Beto Lemos.

Sanfona – Ranier Oliveira.

Flauta e Triângulo – Geraldo Junior.

2. Catfish Blues (3:40)

(Muddy Waters - arranjo: Jefferson Gonçalves & Banda)

Harmônica diatônica – Jefferson Gonçalves.

Voz e violão de 12 cordas – Kleber Dias.

Guitarra – Sergio Velasco.

Baixo – Fabio Mesquita.

Bateria, agogô, alfaia e repique – Marco BZ.

Caxixi, djembe e triângulo – Anderson Moraes.

Conga – Marco Arruda.

3. Tudo Azul (4:17)

(Carlos Malta – arranjo: Jefferson Gonçalves & Banda)

Harmônica cromática e diatônica – Jefferson Gonçalves.

Guitarra Slide – Kleber Dias.

Guitarra – Sergio Velasco.

Baixo – Fabio Mesquita.

Bateria – Anderson Moraes.

Alfaia, mil folhas, repique e metalofone – Marco BZ.

4. Long Hard Road (3:58)

(Norton Buffalo & Roy Rogers - arranjo: Jefferson Gonçalves & Banda)

Harmônica diatônica – Jefferson Gonçalves.

Voz e violão 12 cordes – Kleber Dias.

Guitarra – Sergio Velasco.

Baixo – Fabio Mesquita.

Bateria – Anderson Moraes.

Caxixi e triângulo – Marco Arruda.

5. Down in Mississippi (3:58)

(Mavis Staples - arranjo: Jefferson Gonçalves & Banda)

Harmônica diatônica – Jefferson Gonçalves.

Voz e Violão de 12 cordas– Kleber Dias.

Guitarra Slide – Sergio Velasco.

Baixo – Fabio Mesquita.

Bateria e mil folhas – Marco BZ.

Agogô, alfaia e repique – Anderson Moraes.

6. Coisa de cumpadi (4:55)

(Jefferson Gonçalves & Marcelo Maia)

Harmônica diatônica – Jefferson Gonçalves.

Viola 10 cordas – Marcelo Maia.

Baixo acústico – Fabricio Drumond.

Caxixi, Reco de mola e prato – André Magalhães.

Efeitos – Helio Filho.

Aboios – Dantas Aboiador.

7. Arrumando a Casa (4:09)

(Jefferson Gonçalves, Kleber Dias, Marco BZ & Anderson Moraes)

Harmônica diatônica – Jefferson Gonçalves.

Violão 12 cordas – Kleber Dias.

Guitarra – Sergio Velasco.

Baixo – Fabio Mesquita.

Bateria – Anderson Moraes.

Triângulo, agogô, alfaia, repique, metalofone, caxixi, caixa, pratos e zabumba – Marco BZ.

Efeitos, djembe e triângulo- Marco Arruda.

8. Kariri (4:06)

(Jefferson Gonçalves, Ranier Oliveira & Beto Lemos)

Harmônica diatônica – Jefferson Gonçalves.

Rabeca, alfaia, zabumba e caixa – Beto Lemos.

Sanfona – Ranier Oliveira.

Flauta, Ferro e triângulo – Geraldo Junior.

9.. Harp Groove (00:55)

(Jefferson Gonçalves)

Harmônica diatônica – Jefferson Gonçalves.

10. My Baby is Back (4:31)

(Jefferson Gonçalves & Kleber Dias)

Harmônica diatônica – Jefferson Gonçalves.

Harmônica diatônica – Nicolás Smoljan.

Voz e Violão de 6 cordas e Lap Steel – Kleber Dias.

Voz – Richard Werner.

Baixo – Michael “Pipoquinha”.

Caxixi – Hélio Filho.

Moringa – Aécio Diniz.

Pratos – André Magalhães.

11. Na Hora! (3:57)

(Jefferson Gonçalves, Oliveira Neto & Samir Aranha)

Harmônica diatônica – Jefferson Gonçalves.

Violão 12 cordas – Ronald Santos.

Baixo – Samir Aranha.

Bateria – Oliveira Neto.

Percussões, efeitos e voz – Carlos Pial.

Palmas – Juliana Longuinho, Thiago Almeida, Edson Travassos, Carlos Pial, Jefferson Gonçalves e Oliveira Neto.


Faixas Bônus:

1. Raízes. (*) (3:43)

(Jefferson Gonçalves, Kleber Dias & Cheikh Guissé)

Harmônica cromática e diatônica – Jefferson Gonçalves.

Violão 12 cordas – Kleber Dias.

Vocal – Cheikh Guissé.

Kora - Baila Fall Kora.

Percussão africana - Djembe, Gourd (cabaça), Doum Doum. - Aliou Guissé.

Percussão brasileira - pandeiro, ganzá, agogô, triângulo e queixada –Marco Arruda

Vozes: Jean Pierre Senghor, Cheikh Guissé, Juliana Longuinho, Babacar Samb, Katia Gilaberte. e Kleber Dias.

* Música composta para o Projeto Raízes.

2. Água Viva. (**) (5:00)

(Jefferson Gonçalves, Kleber Dias & Beto Lemos)

Harmônica cromática e diatônica – Jefferson Gonçalves.

Violão 12 cordas – Kleber Dias.

Rabeca – Beto Lemos.

Sanfona – Ranier Oliveira.

Alfaia, mil folhas, repique e metalofone – Marco BZ.

** Música composta para a apresentação da bailarina Juliana Longuinho no Kaay Fecc 2009, no projeto Raízes. Saiba mais sobre esse projeto visitandowww.myspace.com/raizesracines

Ficha técnica

- Produção executiva – Juliana Longuinho.

- Designer Gráfico – Alex Mendes

- Foto da capa – João Paulo.

- Fotos do encarte – Juliana Longuinho & Cezar Fernandes.

· Produzido por Jefferson Gonçalves

· Gravado nos estúdios :

- Making of – Rio de Janeiro/RJ, em março, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2009 & setembro de 2010. Técnico de gravação: Fábio Mesquita.

- Satori – São Luís/MA – em outubro de 2009. Técnico de gravação: Edson Travassos.

- Djijack Studio – Dakar – Senegal – África, em 14 de junho de 2010 – Técnico de gravação: Paul Ernest “Bugz”

- Cachalote – Fradinhos, Vitória/ ES, em 14 de setembro de 2010. Técnico de gravação: Ricardo Mendes.

- Zabumba no Kariri – Nova Olinda/CE, em 28 e 29 de fevereiro de 2011. Técnico de gravação: André Magalhães.

· Pré Mixagem

- Estúdio Making of – Rio de Janeiro/ RJ – por Fábio Mesquita, Marco BZ & Jefferson Gonçalves , exceto “Na Hora!”, pré mixado por Edson Travassos, Oliveira Neto & Jefferson Gonçalves no estúdio Satori, em São Luís/MA.

· Mixagem final e Masterização

- Estúdio Zabumba no Kariri – Nova Olinda/CE – por André Magalhães.

· Jefferson Gonçalves usa Harmônicas Hering exclusivamente.

· Todas as harmônicas foram revisadas, afinadas e customizadas por Nicolás Smoljan

· Jefferson Gonçalves & Banda têm o apoio de:

Hering Harmônicas, Shaker Mics, AER Acustic Amplis, Sonotec Music & Sound, Serrano Amplis e loja Mania de Música.

Apresentação do CD

Produzir este CD foi um grande desafio, pois no decorrer dos anos conheci estilos diferentes de música e vários músicos que influenciaram muito na minha maneira de compor e arranjar. Isso me proporcionou novas ideias melódicas para minha harmônica. Criei vários temas que nasceram dessas influências diversificadas que saem um pouco do Blues, gênero com o qual me lancei na cena artística.

A escolha do repertório foi difícil. Tive dúvidas do que deveria incluir, por isso o nome “Encruzilhada” - que é o reconhecimento dos dilemas de determinados momentos, mas não deixa de ser referência à mitologia do Mississippi, que também se faz presente nesse novo trabalho.

O que está registrado nesse quarto CD, que considero um divisor de águas na minha carreira, retrata um momento da minha vida no qual estou mais preocupado com música do que com estilo.

Novamente recorri aos ritmos nordestinos usados em outros CDs e, dessa vez, acrescentei algumas expressões maranhenses e africanas que ainda não conhecia. Tive o privilégio de contar com ótimos músicos e, principalmente, grandes amigos. Todos contribuíram com talento, dedicação, ideias e, de forma muito positiva, tornaram as sessões de gravações verdadeiras celebrações.

É com prazer que convido você a uma viagem musical sem preconceitos de estilo, sem rótulos. Simplesmente som, sentimento, música.

Bem vindo a essa Encruzilhada!

Jefferson Gonçalves

Comentários sobre o CD.

Gostei muito de “Encruzilhada”, 4º disco de Jefferson Gonçalves, um dos melhores gaitistas brasileiros do momento. Especialista em gaita diatônica (também chamada de gaita de blues), Jefferson também toca na cromática (gaita de chave), aquela que o Toots, o grande harmonicista de jazz, usa.

Jefferson é um artista interessante, com boa presença de palco, linguajar fluente, que viaja o País inteiro fazendo shows, workshops e também atua no exterior (Estados Unidos, Europa, África e América Latina). Seu trabalho de mais de uma década, sempre voltado para os toques de baião, maracatu, samba rural e outras nordestinidades, ficou robusto, bem produzido neste “Encruzilhada”.

A “sanfona de boca”, que muitas vezes lembra os baiões de Gonzaga e o realejo de Tavares da Gaita (que aos 78 anos teve um lindo CD produzido por Jefferson), também passa pelo universo bluseiro de Bob Dylan. Baseado em “blues com rapadura”, Jefferson universaliza sua criação impregnada de consistente brasilidade interiorana, de cantos de lavadeira, de moleques de rua e dos feirantes nordestinos. Células rítmicas que lembram tocadores de rabeca e pífanos, sempre presentes em quase todas as músicas, criaram uma paisagem sonora interessante e original.

O CD tem uma banda base coesa e bem ensaiada, que fez o alicerce do disco. Kleber Dias, Sergio Velasco, Anderson Moraes, Marco Bz e Fábio Mesquita deram conta do recado, tocaram fluentemente, e os convidados, que são muitos, deitaram e rolaram nos complementos.

Este é um CD que eu, tranquilamente, com prazer e alegria, recomendo e assino embaixo.

Zelação!

Rildo Hora (Março de 2011)


Não são poucas as culturas que têm as encruzilhadas como representações de dilemas e de escolhas. A mitologia grega transborda exemplos. As religiões orientais e ocidentais, idem. Os cafundós do Nordeste brasileiro também contam histórias mil a esse respeito - histórias que, sem que eu possa nem queira aqui escapar da imagem, se cruzam com a mística do Mississipi profundo e, voltando muitos passos, com a da África ancestral.

Encruzilhadas estão, podemos afirmar, presentes em todas as culturas, presentes na essência humana.

Pois Jefferson Gonçalves, músico da melhor cepa, enxerga essas encruzilhadas com acuidade exemplar. E foi buscar nas sonoridades múltiplas dos cantos por onde passou e dos cantos que ouviu as melhores referências para este CD, reunindo convidados do melhor naipe.

Após conhecer Encruzilhada em primeira audição, pelo que me julgo privilegiado, escutando cada música nota por nota, concluí que as escolhas de Jefferson emprestam a ele um caráter especial. É o caráter daquele que fez um pacto com a música boa e honesta e, fundamentalmente, com a responsabilidade de ousar.

Roberto Maciel – Jornalista (Março 2011)

Novo CD de Jefferson Gonçalves retrata caldeirão de ritmos

O gaitista carioca Jefferson Gonçalves, considerado por críticos e público como um dos mais expressivos nomes da nova geração de instrumentistas brasileiros, está lançando seu quarto CD – Encruzilhada (Bluestime Records). O novo trabalho, gravado entre o Rio de Janeiro, São Luís (MA), Vitória (ES), Nova Olinda (CE) e Dakar, no Senegal, aprofunda de modo definitivo uma opção criativa que Jefferson adotara em discos anteriores e em turnês pelo Brasil e por vários países, a de promover fusões, diálogos e intercessões entre gêneros que aparentemente são distintos mas que têm similaridades inescapáveis a ouvintes atentos.

Com essa convicção, Jefferson Gonçalves deixa de traçar paralelas e investe nas confluências, ou em autênticas encruzilhadas, entre ritmos africanos e nordestinos e o blues, com o qual se lançou na carreira artística.

É uma proposta ousada, mas tem a mesma essência que marca na genuína música brasileira – formatada ao longo de cinco séculos por influências e interferências do que se fez e se faz na Europa, na América do Norte e na África, tudo isso temperado com uma malemolência e uma criatividade tipicamente subtropical.

Encruzilhada reúne em 13 faixas, o que inclui duas faixas-bônus, com um time de músicos de primeira linha. Kleber Dias (voz, guitarra, bandolim, violões de 6 e 12 cordas e lap steel), Anderson Morais (bateria e percussão), Sérgio Velasco (guitarras), Fábio Mesquita (baixo), Marco BZ (bateria e percussão), da banda que acompanha Jefferson Gonçalves, se uniram a convidados muito especiais e de igual pluralidade, entre os quais os cantores e percussionistas senagaleses Cheikh e Aliou Guissé, o tocador de Kora Baila Fall Kora, o gaitista argentino Nicolás Smoljan, o cantor americano Richard Werner, o paulista André Magalhães (percussão), o carioca Marco Arruda (percussão), os capixabas Marcelo Maia (viola de 10 cordas) e Fabricio Drummond (baixo acústico), os maranhenses Oliveira Neto (bateria), Samir Aranha (baixo), Ronald Santos (violão de 12 cordas) e Carlos Pial (percussão), os cearenses Ranier Oliveira (sanfona), Beto Lemos (Rabeca, viola de 6 e 10 cordas e percussão), Geraldo Júnior (flauta, ferro e triângulo), Michael “Pipoquinha” (baixo), os meninos da Fundação Casa Grande Aécio Diniz (moringa), Hélio Filho (caxixi e efeitos) e, do caldeirão de sons que o Cariri produz, Dantas Aboiador, misto de vaqueiro e artista popular de Nova Olinda (CE).

Essa troupe mergulhou em composições do próprio Jefferson, ora individualmente ora em parceria com Ranier Oliveira, Beto Lemos, Marcelo Maia, Kleber Dias, Marco BZ, Anderson Morais, Samir Aranha e Cheikh Guissé, e de nomes referenciais do blues, como Muddy Waters, Roy Rogers, Norton Buffalo e Mavis Staples, e da música brasileira, como Carlos Malta. Formou-se daí uma substanciosa leitura de música de qualidade.

“O que está registrado nesse quarto CD, que considero um divisor de águas na minha carreira, retrata um momento da minha vida no qual estou mais preocupado com música do que com estilo”, diz Jefferson.

O novo CD de Jefferson Gonçalves é uma produção iniciada em 2009 e concluída em 2011. Foi gravado nos estúdios Making Of (Rio de Janeiro/RJ), Satori (São Luís/MA), Djijack (Dakar/Senegal), Chachalote (Fradinhos, Vitória/ES) e Zabumba no Kariri (Nova Olinda/CE), respectivamente com os técnicos Fábio Mesquita, Edson Travassos, Paul Ernest “Bugz”, Ricardo Mendes e André Magalhães. A pré-mixagem é assinada por por Fábio Mesquita, Marco BZ e Jefferson Gonçalves, no Making Of, e Edson Travassos, Oliveira Neto e Jefferson Gonçalves, no Satori, para a faixa “Na Hora”. A mixagem final e a masterização foram feitas por André Magalhães, no Zabumba no Kariri.